Longa israelense transita entre homossexualidade, futebol e amor, mas com uma trama fraca, pouco engraçada ou romântica
Em um contexto onde temas como sexualidade são cada vez mais importantes de serem abordados em sociedade, a comédia romântica israelense Amor em Jogo trata da homossexualidade em um país predominantemente conservador. O longa, estrelado por Gal Gadot (a famosa Mulher Maravilha) e Oshri Cohen, conta a história de Ami Shushan (Oshri Cohen), um jogador de futebol que vive na conservadora cidade de Jerusalém. Após flertar com Mirit (Gal Gadot), namorada de um grande mafioso da região, o Sr. Bukovza (Eli Finish), é obrigado pelo criminoso a se assumir gay publicamente. A repercussão de seu anúncio não é bem vista, porém, ao longo da trama, acaba se tornando uma importante figura para a comunidade LGBT+.
Ami Shushan se assume gay bem no começo da trama e todo o filme vai trabalhar em torno disso e do romance que ele desenvolve às escondidas com Mirit. Romance esse que é fraco e sem química. Por ser um jogador de futebol, esporte por natureza machista, e ainda por cima em Jerusalém, ao se assumir homossexual, o craque é rejeitado pelos técnicos, colegas de time e até mesmo torcedores, sentindo na pele o que é a homofobia e com isso desconstruindo seus próprios preconceitos ao longo do filme.
Por ter sido produzido em 2014, mas lançado em 2019, é um pouco problemático em alguns pontos, essencialmente na estereotipação dos gays, lésbicas, travestis e trans, em algumas piadas ou até mesmo na retratação física dos personagens. Mas, por se tratar de um filme feito em Israel, não é tanto. Outro ponto negativo é que não chega a ser muito engraçado em nenhum momento. Há algumas piadas dignas de uma ou outra risada, mas nada muito divertido. Assim como na parte do romance, como já dito, não encanta muito.
O filme tinha tudo para ser muito bom, levando-se em conta a temática abordada e sua relevância, mas, apenas isso não sustentou a trama. Tem um enredo bastante fraco, não há nada de incrível ou mesmo muito engraçado. Se tratando de uma comédia romântica, deixa bastante a desejar. Mas, por ser um filme israelense, e por tratar de um tema tão polêmico para grande parte do povo local, torna-se relevante, considerando-se o sistema religioso e preconceitos enraizados na população.
Direção: Shay Kanot
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