quinta-feira, 25 de abril de 2019

Crítica: Cópias - De volta à vida

O que o homem é capaz de fazer para salvar sua família?

Ficção científica traz à tona a clonagem humana



Até que ponto o ser humano está disposto a desafiar o natural para não perder seus entes queridos? Esse extremo é a peça chave do longa-metragem Cópias - De Volta à Vida, dirigido por Jeffrey Nachmanoff e roteirizado por Chad St. John. Apesar do longo histórico dos dois como criadores de ficção científica, não conseguem organizar as ideias em torno de uma discussão específica: driblar a natureza humana e arcar com as consequências disso ou deixar a vida seguir seu curso e investir em pesquisas bem feitas acerca do tema. Ao promoverem uma mistura sem sentido entre os dois caminhos, acabam deixando a desejar no quesito credibilidade (até mesmo um filme fantasioso precisa de créditos).    

Na trama, William Foster (Keanu Reeves) é um neurocientista que perde a esposa Mona (Alice Eve) e os três filhos Sophie (Emily Alyn Lind), Matthew (Emjay Anthony) e Zoe (Aria Lyric Leabu) em um acidente e vê toda a sua razão de viver se perder. Através das tecnologias, pesquisas e recursos disponíveis no laboratório em que faz seus experimentos, cria uma obsessão em trazê-los de volta à vida, junto com seu amigo e companheiro de trabalho Ed Whittle (Thomas Middleditch), mesmo que isso signifique desafiar o governo e, principalmente, as leis da física.

As imagens da alta tecnologia do futuro impressionam tanto quanto imaginar a possibilidade de o homem clonar seres humanos, ainda que no filme o fato de replicar uma pessoa seja banalizado, uma vez que várias réplicas são criadas em um curto espaço de tempo. Apesar de ser uma realidade distante da nossa, é inevitável pensar “e se fosse possível” com um encantamento que só quem conhece a saudade é capaz de sentir.
Keanu Reeves consegue passar o desespero doentio de um homem que faria qualquer coisa para manter sua família por perto, mas deixa bem claro que nasceu para a ação, e não para o drama. Basta assistir a atuação de Keanu em uma pequena cena de qualquer filme da série Matrix ou John Wick e comprovar que ação é a sua verdadeira praia. Em Cópias - De volta à vida, o ator não só é incapaz de transmitir a emoção e dor necessárias para o papel dramático, mas também parece desconfortável ao forçar o choro na frente das câmeras, o que tornou a história ainda menos convincente.

Apesar de ser um filme de ficção científica, o que não permite que a história se arraste do início ao fim, são as poucas cenas de ação presentes. Além disso, quem merece o troféu de destaque no elenco é o Thomas, que interpreta Ed, por simplesmente parecer a única pessoa não robotizada da trama. Em meio a um elenco tão vasto, foi o único que conseguiu encarnar bem o personagem e parecer verdadeiramente envolvido na história.

Para a infelicidade dos amantes de sci-fi, uma história que tinha tudo pra ser bem sucedida foi prejudicada por um roteiro fraco e sem norte e uma direção mal trabalhada. Ao mesmo tempo em que ignoram o fato de que a clonagem deve ser evitada por vários motivos, deixam temas instigantes, como a existência ou não de alma nos seres humanos,  de fora da trama, além de enfatizar o egoísmo do personagem principal. Priorizar a recuperação da família a qualquer custo tornou o desfecho desumano e decepcionante.

Direção: Jeffrey Nachmanoff

Um comentário:

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