A doçura do Natal trazida por um romance clichê
Netflix/Divulgação
Mesmo com acontecimentos previsíveis, novo lançamento da Netflix é cativante
Por: Aline Daflon
O Natal está chegando e, junto com as bolinhas e as luzes piscando,
a Netflix lança A Princesa e a Plebeia para fortalecer a alegria do espírito natalino. Dirigido por Mike
Rohl e estrelado por Vanessa Hudgens, que dá vida a duas
personagens com vidas distintas, a duquesa Margaret e a confeiteira Stacy, a
comédia romântica é mais uma produção da plataforma que chega para marcar a presença
com um clássico de Natal.
Stacy é a proprietária de uma confeitaria e sua vida
sentimental não é lá grande coisa desde o rompimento do namoro com o ex. Desmotivada
para comemorar o Natal, a moça é inscrita num concurso de confeitaria, por seu
amigo Kevin (Nick Sagar), e viaja junto dele para Belgrávia para participar de uma
competição de bolos natalinos. O desenrolar da trama acontece quando as sósias Stacy e Margaret se cruzam e, então,
a duquesa propõe a ideia da troca de lugares por dois dias.
Um paralelo é traçado entre as duas. Stacy, apesar de ser
uma jovem simples, talentosa e realizada profissionalmente, carregava profunda
frustração emocional. Já Margaret, nascida em família nobre, estava
predestinada a viver um casamento arranjado, conforme a tradição. Insatisfeita
com o destino pré escrito, a moça almejava uma vida comum fora dos padrões da
realeza.
A
Princesa e a Plebéia contrasta vidas opostas e mostra que a
felicidade nem sempre consiste num casamento com o famoso príncipe encantado,
mas sim na liberdade para viver a vida que se deseja ter. Mas, ao mesmo
tempo, reforça a ideia de que a felicidade completa consiste no encontro do
grande amor. É notória a quebra dos padrões impostos e a retirada do príncipe Edward
(Sam Palladio) da zona de conforto. Diferentemente da tradição, a nova princesa
não é de origem nobre e tem um perfil diferenciado, ela é dona de si e não demonstra
submissão.
Netflix/Divulgação
A fotografia tem cores claras e marcantes, condizentes
com a proposta de disseminar o espírito natalino. A trilha sonora também
contribuiu de forma marcante com o objetivo. O roteiro foi bastante previsível e não
ofereceu nada de inovador. Mas, despertou alguns momentos de risos graças à cômica
atuação de Vanessa Hudgens ao dar vida a Stacy.
Apesar de o filme não trazer nenhuma surpresa e ter caído
no tradicional “felizes para sempre”, A
Princesa e a Plebéia consegue cativar o público através de uma magia
simplista e cumpre, de maneira eficaz, sua proposta de entreter com a doçura de
um romance natalino.
Netflix/Divulgação
Direção: Mike
Rohl
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