domingo, 18 de novembro de 2018

Crítica: A Princesa e a Plebeia



A doçura do Natal trazida por um romance clichê

       Netflix/Divulgação

Mesmo com acontecimentos previsíveis, novo lançamento da Netflix é cativante

Por: Aline Daflon

O Natal está chegando e, junto com as bolinhas e as luzes piscando, a Netflix lança A Princesa e a Plebeia para fortalecer a alegria do espírito natalino. Dirigido por Mike Rohl e estrelado por Vanessa Hudgens, que dá vida a duas personagens com vidas distintas, a duquesa Margaret e a confeiteira Stacy, a comédia romântica é mais uma produção da plataforma que chega para marcar a presença com um clássico de Natal.
Stacy é a proprietária de uma confeitaria e sua vida sentimental não é lá grande coisa desde o rompimento do namoro com o ex. Desmotivada para comemorar o Natal, a moça é inscrita num concurso de confeitaria, por seu amigo Kevin (Nick Sagar), e viaja junto dele para Belgrávia para participar de uma competição de bolos natalinos. O desenrolar da trama acontece quando  as sósias Stacy e Margaret se cruzam e, então, a duquesa propõe a ideia da troca de lugares por dois dias.
Um paralelo é traçado entre as duas. Stacy, apesar de ser uma jovem simples, talentosa e realizada profissionalmente, carregava profunda frustração emocional. Já Margaret, nascida em família nobre, estava predestinada a viver um casamento arranjado, conforme a tradição. Insatisfeita com o destino pré escrito, a moça almejava uma vida comum fora dos padrões da realeza.
A Princesa e a Plebéia contrasta vidas opostas e mostra que a felicidade nem sempre consiste num casamento com o famoso príncipe encantado, mas sim na liberdade para viver a vida que se deseja ter. Mas, ao mesmo tempo, reforça a ideia de que a felicidade completa consiste no encontro do grande amor. É notória a quebra dos padrões impostos e a retirada do príncipe Edward (Sam Palladio) da zona de conforto. Diferentemente da tradição, a nova princesa não é de origem nobre e tem um perfil diferenciado, ela é dona de si e não demonstra submissão.
       Netflix/Divulgação
A fotografia tem cores claras e marcantes, condizentes com a proposta de disseminar o espírito natalino. A trilha sonora também contribuiu de forma marcante com o objetivo. O roteiro foi bastante previsível e não ofereceu nada de inovador. Mas, despertou alguns momentos de risos graças à cômica atuação de Vanessa Hudgens ao dar vida a Stacy.  
Apesar de o filme não trazer nenhuma surpresa e ter caído no tradicional “felizes para sempre”, A Princesa e a Plebéia consegue cativar o público através de uma magia simplista e cumpre, de maneira eficaz, sua proposta de entreter com a doçura de um romance natalino.
       Netflix/Divulgação

Direção: Mike Rohl




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