segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Festival do Rio 2018 - Crítica: Operação Overlord

O misto perfeito entre ação, suspense e terror


A Segunda Guerra numa versão mais aterrorizante

Por: Lucas Soares

O longa norte-americano, dirigido por J.J Abrams, responsável por sucessos como Star Trek e Lost, retrata o embate das tropas americanas e aliados franceses contra as tropas nazistas e seus experimentos sombrios. Na trama, Ford (Wyatt Russel) comanda uma equipe de paraquedistas que dominam um território francês. O objetivo deles é claro: derrubar a antena de transmissão para que as tropas aliadas avancem e derrubem os nazistas.
Esta poderia ser a descrição de qualquer filme sobre 2ª Guerra Mundial, lançado anualmente, mas no decorrer dos fatos, acontece a fuga dos padrões já conhecidos.  Sem dar spoiler, de acordo com o que mostra o próprio trailer, experimentos são feitos com cidadãos da ilha Wight com o objetivo de fortalecer os soldados alemães e torná-los imbatíveis. Tais experiências e drogas utilizadas estão detalhadas, inclusive, no livro "O delírio total" de Norman Ohler que fala a respeito do uso de drogas na Segunda Guerra Mundial que seriam consumidas desde os soldados até Hittler. Dentre as substâncias, destacavam-se a heroína, os esteróides e até cristais de metafetamina.
A mistura entre cenas com zumbis e as que contêm soldados durante os confrontos em meio a tiros e bombardeios, traz uma experiência refrescante para quem estava acostumado aos clichês dos filmes de guerra. Isso acontece porque o tradicional inimigo, representado pelas  tropas nazistas, dão lugar a seres humanos geneticamente modificados, os zumbis. Nesse sentido, o espectador embarca no caminho da ficção.  Durante as cenas de terror, a cor preta era predominante, ao passo que nas cenas de ação o predomínio era das cores laranja e vermelha.  O elenco teve uma excelente participação, mas Wyatt Russel merece um especial destaque ao demonstrar a mais perfeita entrega para viver o personagem.
Contudo, é importante atentar que não se deve esperar nada muito inovador, o pode chatear quem depositou expectativas a mais. Operação Overlord não é uma obra impactante, mas é capaz de divertir e de provocar sustos em quem não é acostumado com flash de terror inesperado. O longa cumpre bem a proposta de trazer ação e tensão em boas cenas, o que gera expectativa para uma futura continuação.
  





Direção: J.J Abrams

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