quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Crítica: Voando Alto



Uma Andorinha só não faz verão


Animação aborda o desafio de se viver com as diferenças e reforça a importância da união

Voando Alto evidencia, desde o início, a grande rivalidade existente entre Gaivotas e Andorinhas. As duas espécies vivem à beira da praia, mas cada uma em um lado diferente da rocha. O pequeno Manou, um filhote de andorinha, é adotado por um casal de gaivotas e cresce acreditando ser um deles. Apesar de ser muito amado pela família adotiva, ele tinha dificuldades para ser aceito do jeito que realmente é. O passarinho vivia um dilema diário: voar, nadar, pescar e comer como uma gaivota sem obter muito sucesso.

A situação desanda quando Manou não consegue lutar contra os ratos, perde os ovos do ninho e é expulso da comunidade. Ele conhece Parcival, uma ave esquisita que se deduz que seja um Peru (o filme não deixa claro), e o trio de andorinhas formado por Yusuf, Poncho e a sábia Kalifa, que lidera o grupo. A partir desta união, participam de muitas aventuras e Manou consegue dar a volta por cima e mostrar o seu grande valor como um verdadeiro herói.
Uma importante reflexão é posta em pauta: o desafio de conviver com as diferenças. A animação traz espécies diferentes, cada uma com suas particularidades e mostra o quanto é difícil aceitar o outro como ele realmente é. Mas, acima de tudo, nos mostra também que quando há respeito e amor ao próximo, tudo fica mais fácil. Pode soar meio clichê, mas Voando Alto tem a dizer que a união faz a força e que aquela história de que uma andorinha só não faz verão é bem verdadeira.
Apesar de previsível e de algumas falhas com cortes abruptos, a animação não é um fracasso. É agradável e consegue cumprir bem o objetivo de entreter os pequenos.



Direção: Christian Haas e Andrea Block


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