Nostálgico, divertido e surpreendente
Novo filme do Homem-Aranha é um presente para os fãs da Marvel
Zero defeitos! Nota mil! É isso que Homem-Aranha: Longe de casa merece. O filme provoca no espectador todas as sensações que deseja no momento certo. Prova de que o diretor Jon Watts e os roteiristas Chris McKenna e Erik Sommers souberam trabalhar de forma excepcional o universo do herói, entregando uma trama com clima de comédia adolescente, sem deixar de abordar a responsabilidade que o personagem principal carrega por possuir uma identidade secreta, e como ela pode afetar as pessoas ao seu redor.
A história gira em torno de uma viagem de duas semanas que Peter Parker (Tom Holland) faz com seus amigos da escola. Nesse período, Peter decide tirar férias de suas obrigações como super herói, mas recebe a visita inesperada de Nick Fury (Samuel L. Jackson), que precisa de ajuda para enfrentar monstros chamados Elementais. Fury convoca o Homem-Aranha para lutar ao lado de Mysterio (Jake Gyllenhaal), um novo herói vindo de uma Terra paralela. Além dessa grande e nova ameaça, Peter precisa lidar também com a perda de Tony Stark (Robert Downey Jr.), que deixa de presente para o jovem seu óculos pessoal, que dá acesso a um sistema de inteligência artificial associado à Stark Industries.
Por ser uma sequência dos eventos de Vingadores: Ultimato, ao longo de todo o filme é possível encontrar referências (nostálgicas e divertidas) feitas, não apenas a Tony Stark, mas também aos outros Vingadores. Contudo, essa conexão entre as duas grandiosas sagas não tem o objetivo de fundir as histórias. Isso fica bem claro no reforço feito a todo instante de que, apesar de ser um super herói, por trás da máscara existe apenas um adolescente que quer aproveitar com os amigos e impressionar a garota que ele gosta, MJ (Zendaya). Tudo isso nos mais lindos cartões postais da Europa e com uma trilha sonora bem eclética, que vai de Whitney Houston a Led Zeppelin.
A escolha do elenco é para ninguém colocar defeito. Tanto os personagens principais quanto os secundários dão um show de atuação e auxiliam na missão de manter o espectador interessado na história. No entanto, o troféu de melhor atuação vai para o próprio Tom Holland, que desempenha perfeitamente as diversas facetas de Peter: a timidez perto de MJ, a amizade com Ned (Jacob Batalon), a relação familiar e o ciúme de tia May (Marisa Tomei), os momentos de dor e superação e as excelentes cenas de ação do protagonista. Jake Gyllenhaal também merece destaque no papel de Mysterio, ao atribuir credibilidade às particularidades do personagem, que são reveladas no desenrolar da trama.
“Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”, já dizia o Ben Parker da primeira leva de filmes do Homem-Aranha, e não é fácil para um adolescente administrar tudo isso. Homem-Aranha: Longe de casa mostra de uma forma muito leve a transição entre inocência e amadurecimento. Além disso, passa uma mensagem muito bonita sobre responsabilidade e coragem. O longa, sem dúvida, é um dos maiores tesouros da Marvel e, felizmente, deixa várias possibilidades para uma continuação. Enquanto isso, torcemos por novas aventuras nos próximos anos.
Direção: Jon Watts
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