Uma biografia sobre o grande ícone da luta pela abolição da escravatura no Brasil
O longa-metragem Prisioneiros da
Liberdade, inspirado na história real de Luiz Gonzaga Pinto Gama, será
protagonizado por Fabrício Boliveira. Sob direção de Jeferson De, o filme
contará com a presença de Zezé Motta, Caio Blat, Dani Ornellas, Francisco
Gaspar, Mariana Nunes, Pedro Guilherme, Romeu Evaristo, Samira Carvalho, Sidney
Santiago e Teka Romualdo no elenco. As gravações, que estão previstas para janeiro
de 2019, acontecerão nas cidades de Paraty (RJ), Cunha (SP) e Paratinga (BA) e
terão duração de um mês.
Luiz Gama, nascido de mãe negra livre,
foi vendido pelo próprio pai branco como escravo aos 10 anos de idade para pagar
uma dívida. Permaneceu analfabeto até os
17, porém conseguiu se alfabetizar, estudar e se tornar um dos advogados mais
respeitados da história. Também jornalista e escritor brasileiro, além de ter
conquistado a própria liberdade, conquistou a de outros 500 cativos nos
tribunais. Assim, tornou-se o patrono da Abolição da Escravatura no Brasil.
A produção é da Paranoid em uma
coprodução com a Globo Filmes, associada à Buda Filmes e distribuída pela Elo
Company. Prisioneiros da Liberdade
será dirigido pelo mesmo diretor de Bróder
(2015) e O Amuleto (2015). O elenco
será majoritariamente negro e, segundo Jeferson De, é importante retratar a vida
de um homem negro que foi um grande ícone da história brasileira. “É
fundamental apresentarmos, e pela primeira vez no cinema nacional, a biografia
de um homem negro e a sua contribuição intelectual para o Brasil. Além disso,
precisamos cada vez mais amplificar essa parte da história brasileira, que
é tão importante para seu povo, principalmente para nós, afrodescendentes”,
comenta o diretor.
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Jeferson De |
A obra conta com a direção teórica da professora Ligia Fonseca Ferreira, uma das maiores pesquisadoras sobre a história de Luiz Gama, que escreveu a tese sobre a vida e obra dele. Além disso, Ligia é também autora de Primeiras Trovas Burlescas de Luiz Gama e outros poemas (Martins Fontes, 2000) e Com a Palavra Luiz Gama, além de ter experiência na área de Letras com ênfase em Luiz Gama, abolicionismo e o negro na literatura brasileira (século XIX- início século XX).
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